sábado, 20 de fevereiro de 2010

Dia 27 - Welcomendo o Rio


Ainda nao entendo por que as pessoas que ocupam mais espaco no universo pagam a mesma coisa que as que ocupam bem menos. Nao aguentava mais a baleia que sentava atras de mim mexer e bater na minha poltrona. Sorte que acordei perto do café da manha, consequentemente, perto da hora da aterrisagem. Olhei para o lado e Marcinha ainda babava com a boneca, que pisca os olhinhos quando tira a chupeta da boca, em maos. 

Para minha sorte, Sao Pedro contribuiu. Trouxe a chuva no dia e deu uma esfriada no tempo, para 32ºc. Eu com minhas manhãs de -21ºc direto para um quantinho de 32ºc. Que maravilha. Nem sai do finger do aviao já veio a primeira fila, a da Policia Federal (imigracao). Meu pai me acompanhou a fila toda e me explicou que naquele momento haviam chegado mais 8 voos. Em outras palavras, o que nao faltava naquele aeroporto era gente e confusao. 

Passei a Policia Federal e fui pegar as malas. Nossa... Me senti no Haiti com a casa destruida. Nao tinha espaco para nada. Era mala para todos os lados e eu estava a procura das minha. A "caixinha" do Home Theater e minha snowbag foram mole achar. O problema estava em achar a mala de roupa. Depois de uns 15 minutos e utilizando cachorros farejadores treinados em resgate, consegui achar a minha mala.

Proxima parada Freeshop. Opa! Nao dá! Sinceramente nao da para entrar no freeshop. Os refugiados das malas estavam todos lá. A fila para pagar era monstruosa. Vamos pular o freeshop, até por que era só encomenda que eu tinha, nao queria nada. Lamento. 

Nao menos menor está a fila da Receita Federal. Mas dessa eu nao tinha como fugir. Entrei junto com o Ari, que estava tenso com seu notebook de 850 dolares. A duvida dele era se declarava ou nao. Na fila o sugeri a entregar o papel de nada a declarar, jogar com a sorte. Assim o fez. Passei sem problemas e logo em seguida veio ele. Acho que tinha tanta gente que a mulher da Receita estava passando todo mundo. 

Meu pai me deu o carro e depois iria pega-lo lá em casa. Ari, como mora perto de mim, veio comigo. Na saida da Ilha, blitz e isso significa transito, engarrafamento. Mal tinha colocado o pé de volta ao Brasil e já queria voltar a civilizacao. As vezes fico impressionado com a desorganizacao e falta de respeito do nosso povo.

Mas nao nasci para ficar puto, sorrindo e contente passamos a merd* da blitz depois de 30 minutos no engarrafamento. Dexei Ari em casa e enfim retornei ao meu lar. 

Nessa viagem conheci 21 pessoas e reencontrei mais uma penca. Apesar de todos estarem com a intenção de andar de snowboard ou ski, cada um tinha seu objetivos de viagem distintos, o que fez a viagem ser mais interessante. Frank, ao qual passei o primeiro periodo dividindo o quarto, queria pegar o powder, aquela neve virgem. Nao podia ver neve caindo que seu sorriso tomava o rosto de felicidade. Johnny, o tarado da montanha, nao queria perder um tempo fora dela. Só parava nos restaurantes por que nao tinha compania para andar mais. As meninas pareciam vesgas, nao sabiam se fritavam o peixe ou tomavam conta do gato, quero dizer, nao sabia se queriam esquiar ou ir as compras. Alias, desconfio muito que ir as compras para elas, era bem mais interessante. Para o Ari era tudo uma grande novidade. Nao tinha viajado com uma galera grande assim e tao pouco ido para uma estacao de esqui. E por ai vai... 

Mal cheguei de volta ao Brasil e já comeco a pensar quando será a proxima. Possivelmente em agosto para alguma estacao no Chile ou na Argentina. Fato é, esse lance de snowboard vicia demais. 

Valeu galera, DAlmeida

  

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Dia 26 - Goodbye Steamboat


Tem gente que acha que eu compro demais. Acho que eles ainda nao conhecem a Marcinha. 

Fui dormir no dia seguinte as 2am e agora me acordam as 7am. Que sono do cacete! Rodrigo está tenso em como vai caber todas as malas no carro. Acho que é o unico. Xandao está confiante no rack e eu conformado em viajar tres horas de carro com a perna esmagada pelo home theater da minha mae. O que nao fazemos por nossos projenitores?

Antes de tomarem café da manha, Xandao e Rodrigo desceram para arrumar o carro. Os ajudei levando a mala da galera. Note que estavamos no terceiro andar e nao tem elevador. Fiz o trajeto de subida e descida com malas no minimo seis vezes. Isso que é joelho bom! 

E toma de "só casando"... Mas estavamos longe de conseguir colocar tudo dentro do carro. De repente uma santa alma aparece, Monica! Chega com um carro igual ao nosso, mas com apenas ela, Zé Paulo e os dois filhos (Marcelo e Pedro). Eles tinham o ultimo banco do carro deitado e muito espaco ainda livre. 

Despachamos umas tres malas com eles, colocamos as snowbags no teto do carro e pronto. Tudo acertado. Rodrigo volta a respirar normalmente e sobe com o Xandao para tomar o café da manha. Depois de uns 15 minutos, subo e apresso as meninas que ainda nao tinham dado o ar da graça. 

Todos no carro, rumamos ao aeroporto. Mas antes uma pequena parada em Silverthorne para uma breve compra de ultima hora. Passo em uma loja de snowboard e nada das calcas que deveriam ter chegado ontem, chegarem. Sem calcas novas para temporada do meio do ano. Ainda passamos na loja da Tommy, onde Kirsten, com minha ajuda, compra um presentinho para o namorado e a Marcinha, ainda comprando mais. 

De volta ao carro, rumo ao aeroporto de novo. Sem antes nao poder parar rapidamente no Colorado Mills. Dessa vez desceram do carro apenas o Rodrigo, que ia trocar um sapato na Sport Authority e a Marcinha, que ia ao banheiro. Nao sei que banheiro era esse que volta com uma bolsa grande da Victoria Secrets. Acho que fomos enganado. Quero ver colocar isso na mala, visto que ontem ela estava cavalgando na mala para poder fecha-la. Ema, ema, ema...

Agora sim, vamos ao aeroporto. Rodrigo ainda queria passar na Best Buy, mas o Xandao vetou em decorrencia do horario. O voo do Xandao era uma hora antes do noss, 15:40 e já eram 13:15. Em resumo, Rodrigao nao pode comprar seu aparelho de Blu Ray. Deve ficar mais uns 12 dias sem o amor da sua esposa, no qual queria muito esse Blu Ray. Graças ao pseudo numero dois da Marcinha, feito na Victoria Secrets.

Devolvemos o carro no aeroporto e encontramos com a Monica e o resto de nossas malas no saguao do Check-In. Todos foram verificar se suas malas ultrapassariam o limite de 32 kg por mala. Obviamente, a da Marcinha passou. Tambem passaram a da Kirsten e do Rodrigo. Processo de remanejamento agora, para que nenhuma passe. Nesse momento foi um tal de sentar no chao e calcinha suja para cá, presentinho para a neta da empregada para lá... uma verdadeira urguaiana no saguao do aeroporto. 

Mesmo depois de eu ter dado uma descascada na Marcinha por diversos motivos, ela quis voltar ao meu lado no aviao. Ainda nao sei se ela realmente quer me ajuda, ou se é masoquista. 

Antes de embarcar ainda paramos para almocar. Kirsten estava tensa com o horario e ficou no regime. Quando passamos pelo raio-x, Marcinha teve a filha (boneca que carregava na bolsa) sequestrada para averiguações. Isso depois de ter passado mais vezes pelo detector de metal do que o Wagner Monte, que tem perna mecanica e nao fala ingles para se explicar. Embarcamos rumo a Houston. Ao meu lado uma crianca de sete anos com um PSP na mao. Troquei algumas ideias com o menino, mas ele tinha sete anos e nessa idade as criancas falando para dentro. Tambem nao fod* com meu ingles. Facilita ai filhao! 

Em Houston foi brilhante. Acabamos de sair do aviao e já tinhamos que embarcar. Agora sim a Marcinha viria ao meu lado. Impressionante como o aviao tem outro cheiro. Ruim, claro! Acho que é desse povo brasileiro. ô raça! Por que não nasci em berço sueco? Tinha uma bichinha que estava do outro lado, mas nao parava quieta. Mexia no bagageiro, ia falar com a "colega" que sentava proxima. Coloca essa maquina de fazer solidos, somente, que vc ainda nao entendeu isso, na poltrona e nao pertuba! Atras da minha poltrona tinha uma familia de gordos. Todos usando Tommy comprado em outlet. Fiquei imaginando qual seria o tamanho da blusa de uma das mulheres, 4XL ou 5XL? 

O seu Leoncio do desenho do pica-pau passou com o jantar meia hora depois da decolagem. Foi comer e pimba, comecei a dormir e babar...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Dia 25 - A dois passos de 42°c


Esse lance de voltar para casa nunca foi bem recebido por mim. Muito mais quando se sai de uma manha de -21°c, para uma tardezinha de 42°c. Como nao tem jeito, tenho que voltar, tenho que me deliciar com esse calor carioca. 

Hoje foi o ultimo dia de andar de snowboard. Com o joelho quase recuperado, fui mais abusado. Mas mesmo assim, evitei as arvores para nao ter que escutar a minha mae reclamando. Kirsten foi as compras pela cidade e usei seu passe para a montanha. 

Inicialmente a galera da casa estava toda junta, andando com o Ari. Depois de uma grande descida, ele voltou a base pela gondola e ficou treinando na parte mais baixa da montanha. Nesse momento passamos radio para localizar a galera das outras casas, mas só conseguimos achar a Alessandra e a Monica. Andamos com elas. Como hoje foi o ultimo dia de snowboard, levamos duas garrafas de Cava (aos desavisados, "champagne" espanhola) para no final comemorarmos a otima viagem que está sendo. Nada melhor do que "enterra-las" na neve para gelar. Fizemos assim que chegamos e com muita discrecao para que nenhum mal elemento pudesse furta-la em nossa ausencia. 

As pistas estavam muito melhores que os outros dias que fui. Nao haviam tantos "bumps", dando para descer bem rapidinho. Nessa de descer rapido, Xandao achou que estava na Bahia e viu o mundo de cabeca para baixo. Foi um belo front flip (mortal de frente) no qual deixou ele bem bolado de descer rapido depois. Sorte que esse tombo foi na neve macia. 

Pistas fechando, chegou a hora da Cava. Rodrigo, Alex, Marcinha e eu esperamos a Kirsten, Monica e os filhos do Zé Paulo (Marcelo e Pedro), chegarem. Todos reunidos, tiramos algumas fotos, Ari fez uma farofada na neve bacana e pronto, bebemos a Cava. Foram duas garrafas e alguns já se soltaram. Kirsten, Monica e Ari voltaram pela gondola e os demais de snowboard. Detalhe que a foto com as pranchas e as garrafas de Cava parecia foto de macumba, faltando apenas a pipoca e as velas. 

Marcinha achou o Marcelo um fofo por ter sido o unico a parar para espera-la na descida da montanha. Vou dar um desconto ao Marcelo por ter sido a primeira descida com a Marcinha. Se ele tivesse andado sempre com a gente, teria feito o mesmo, largado a mulher atras. Quem mandou descer que nem mulherzinha? Anda de snow que nem homem, oras!

Falando neles, Marcelo e Pedro, os muleques mandam bem no snowboard. Já tem uma boa intimidade que poucos com quem ando não tem. Isso me inclui tambem. Comfbinamos com a casa deles (Monica, Zé Paulo e os meninos) de mais tarde fazer o enterro de todos os ossos. Pois o que nao falta aqui em casa é comida. Ovos tem mais de 3 duzias, se resolverem comer tudo, o aviao pode explodir pelo metano. Ainda nao entendi por que comprar 2 garrafas de coca-cola light. As duas estao intocaveis na geladeira tem quase uma semana. Isso é coisa de mulher, que diz que só bebe coca-light mas na hora nao bebe nenhuma.  

Ari, Marcinha, Kirsten e Rodrigo me deixaram em casa com o Alex e eles foram as compras. Ainda nao sei o que tanto eles compram. Acho que esse ar do Tio Sam de consumo contamina todos. Marcinha como sempre, muito sem nocao, volta para casa com até duas bonecas e um mixer. Com o mixer na mao, ainda me pergunta se pode dar problema se ela levar na bagagem de mao.

Fiz uma spaghetti ao molho do que sobrou na geladeira. Pessoal gostou. Rodrigo bateu um prato de operario de obra. Eu fui sutil, me resguardando para o sorvete. Mais tarde chegaram Dunaev, Luis, Luisa, Pedro, Igor e Monica. Só depois que a galera foi embora que fui fazer a mala.

Amanha é "só casando!".

Ainda em tempo, ontem em Breck desci filmando o jrjrjrjr. Menino melhorou muito e já comecou a fazer o slalon. Parabens jrjrjrjrjrjr!

Dia 24 - Pegaaaaaaaaa!!!!



Deus digita errado, mas o word concerta com o corretor ortografico. Posso resumir nessa frase o incrivel dia de hoje.

Acordando ainda com muito sono, mas sob animacao do Rodrigo que estava doido para conhecer Breckenridge, corremos para nos arrumar por que ainda tinha mais duas horas e meia de estrada até Breck. Hoje a casa do Johnny tambem se desfaz. Luis, Andre e Pipou voltaram ao Brasil e Johnny e Rossana ficaram, indo para Breck com a gente. 

Um dos dias mais frios que pegamos, -21c, mesmo com ajuda do sol. A ida foi tranquila e sob muita animacao. Quando estavamos chegando em Breck, Marcinha e Kirsten ficaram serelepes. Pareciam criancas, que nem conseguia dar as direcoes para o Alexandre que estava dirigindo. 

Encontramos com o jrjrjrjrjrjr (lê-se Jr Ribeiro Jr, mas o certo é Joao Ribeiro Jr.), a Claudinha (sua namorada) e mais o Paulo, amigo deles. Ari e Rossana optaram em dar uma volta pela cidade do que esquiar. Galera sedenta de neve, partimos com tudo. Descemos duas vezes pelo Peak 9 com o jrjrjrjrjr e a Claudinha. Depois fomos ao ponto mais alto da montanha, Imperial Chair.

Kirsten como uma boa mulher e esquiadora, nao quis subir por que estava frio demais. O resto da galera desceu e tirou fotos. Xande ficou tao amarradao que quis ir de novo. O acompanhei enquanto os demais foram descendo o resto da montanha. Encontrariamos no peak 7. Encontrariamos por que no meio do caminho havia um restaurante. Esse restaurante é bem bacana e convenci o Xandao a comermos algo antes de ir. Estava quase fechando e vazio. Comemos uma sopa de feijao (chilli beans) e ao retornar para pegarmos a nossa prancha. Surpresa! Isso mesmo, levaram a prancha do Xandao. 

Fiquei puto por ele. Por que levaram a prancha dele e nao a minha? Me senti andando em um corcel II dourado, que ninguem quer e tem vergonha de andar. Pooo... minha prancha é bacana! Vou assumir que o infrator nao tem um gosto muito apurado. Nao desmerecendo a prancha do Xandao. 

Depois de ficar com a boca aberta por 12 minutos cronometrados, Xandao foi falar com o Ski Patrol no restaurante para saber como proceder. Obviamente, falaram que podem ter pego a prancha por engano. Detalhe importante que nao pode ser esquecido, apenas havia a prancha dele, a minha e uma outra branca. A dele é preta. O Ski Patrol aconselhou irmos ao Achados e Perdidos que fica na base e registrar. Xandao voltou de lift para a base e eu de snow. 

Cheguei antes e falei com uma mulher do Achados e Perdidos. Contei a historia e ela falou que precisaria preencher um formulario para registrar. Beleza. Espero Xandao chegar do lift. Quinze minutos depois (desci rapido a montanha, joelho recuperado) Xandao chega. Vai preencher o formulario dentro de uma casinha e fico do lado de fora a observar o movimento (se aprende muito observando o movimento).

Eis que vejo uma prancha igual ao do Xandao. Bato na janela que ele se encontra e aponto para a prancha, mostrando ao Xandao. Mais ou menos quando um amigo mostra ao outro que a namorada dele está se pegando com um outro malandro. Da mesma maneira, Xandao parte em direcao ao malandro que estava indo subir o lift. Ainda reforco verbalmente: "Pula a cerca para nao deixar ele subir!". 

Xandao consegue abordar o infrator e com uma educacao inglesa, gentilmente pede para dar uma olhada na prancha. Reconhece a danada! Era a dele mesmo! Nesse momento a velhinha que registrava a ocorrencia chega no evento. Eu de longe assistia. Não entendi muito bem a real intencao do delinquente. Se queria mesmo furtar ou pegou errado. Fatos são: A prancha que ficou lá, era branca e do Xandao era preta. O deliquente nao foi embora com a prancha, ia subir o lift. O deliquente nao era americano, devia ser Argentino. Realmente nao entendi.

Nao deu em nada. Xandao recuperou a prancha e o delinquente liberado. Esqueci de avisar, que comuniquei aos demais desde do momento que Xandao perdeu a prancha. Quando o delinquente foi embora, chegaram o Johnny e o Rodrigo. Sedentos para rolar uma briga com o danado, mas ele já nao estava mais a vista. 

Xandao viveu o inferno e o ceu num curto periodo de tempo. Agora é voltar para casa, apenas parando para tomar uma cerva rapida com o jrjrjrjrj e a Claudinha e depois um pouco de compras em Silverthorne. 

Ainda nao entendi o que o infeliz realmente queria, furtar ou pegou errado mesmo?

Dia 23 - Everybody together


Primeiro dia que acordo e nao está nevando. Ainda bem! Nao aguentava mais a falta de visibilidade nas pistas. Falando em pistas, elas estavam lotadas. Nunca vi tanta crianca na estacao. 

Como sempre, nossa galera foi a ultima a chegar na montanha mas a primeira e organizacao, companherismo, amizade e paredao. Falando em paredao, Marcinha anda tensa. Já foi para o paredao duas vezes e voltou, mesmo quebrando a casa (chuveiro do banheiro dela e a janela da sala que nao mais fecha, proporcionando um ar condicionado constante).

Na montanha andamos com uma boa galera junta. Nossa casa, com excessao do Ari que estava tendo aula, ficou o tempo todo junta. A neve estava boa mas tinha muito bumps. Acredito que a administracao da montanha tenha uma queda forte por esses safados dos esquiadores. Montanha com muito bump é para esquiar.

No final do dia, como sempre (sem trocadilho, infelizmente) fomos ao Bear River pub. Bebemos cinco pinchers, fiquei soltinho e fui abusado por uma garconete que caiu de amores pela minha beleza. Ela aproveitou o momento de fraqueza e me tascou um beijo, no rosto (tambem infelizmente, devia ter me abusado melhor). Dunaev registrou esse momento e já coloquei a foto no album do picasa (só clicar na imagem a direita das fotos). Combinamos um vinho na nossa casa as 20h, pois o pessoal já comeca a regressar pro Brasil. Hoje já foi o Leo de Brasilia e amanha vai o Pipou.

Antes da galera chegar na nossa casa, fizemos supermercado e compramos vinho na liquor store. Só garrafas magnuns (1,5 litro). Impressionante como aqui o vinho é estupidamente mais barato que no Brasil. A maioria do vinhos eram Australianos e custaram menos de 10 dolares cada. A ideia tambem era rolar um jantar bacana antes da galera chegar.

Dunaev chega no momento que iamos comecar a jantar. Mas felizmente, ele veio comido. Tambem se nao viesse, ia passar fome. Aqui a comida é contadinha. Aos poucos a galera foi chegando e no final eramos 20 pessoas. Casa bombando. É o segundo evento que acontece aqui em casa juntando a galera. Notei que nossa casa é a mais importante, pois apenas na nossa casa que acontecer esses eventos. 

Terminei a noite soltinho de novo, colocando a maquina no automatico para tirar 10 fotos seguidas e como de costume, pessoal se amarrou na graca. 

Amanha tem Breck!


sábado, 13 de fevereiro de 2010

Dia 22 - Powder day


Antes que eu esqueca de novo, ha uns tres dias atras achei uma garrafa de suco de maçã. Eu sabia que tinha comprado mas nunca tinha visto na geladeira. No popular, estao escondendo comida/bebida aqui em casa. Tambem nao perdoei, apenas tinha um pouco mais de um copo e matei. 

Acordamos sob forte nevasca. Nosso carro está coberto de neve e a varanda tambem. Detalhe que acordei as 5am para ir ao banheiro e vi luz na porta das meninas. Coitada da kirsten que tem que dormir com a frenetica da Marcinha, que nunca dorme. Mas só acordei mesmo as 8am. 

A pobreza reinava no café da manha. Nao tinha mais nada na geladeira para comermos. Nos viramos com o que tinha, agua da bica, geleia roubada de algum restaurante e torradas velhas. Acho que isso motivou as meninas a irem as compras. Nao que elas fossem comprar coisas de supermercado, que nao é o perfil dela. Mas foram comprar eletronicos e outras coisas. Impressionante como essa mulherada da minha casa gosta de comprar. Ari foi com elas, coitado. Acabou que esse pessoal nao foi na montanha. 

Os demais, Alex, Rodrigo e eu, fomos a pé para montanha e pegamos um dia sensacional de neve da altissima qualidade. Nem mesmo as falta de visibilidade que as vezes vinha, conseguiu tirar todo o glamour do dia de hoje. Realmente estou feliz com meu joelho que nao tem doido mais. Fico em duvida do medico que me atendeu em Breckenridge. Será que ele escreveu realmente certo quando colocou meu ligamento no grau 3 (o pior).

Hoje foi o ultimo dia do Leo aqui em Steamboat. Alias, era para ser ontem, mas cancelaram  voo dele e ele volta amanha. Que bom! Pode curtir essa neve sensacional de hoje. Rodrigo nao foi de esqui, como sempre gosta de ir. Pegou uma prancha de snowboard e foi curtir um novo desafio. Andou bem para quem mal sabia andar de snowboard. No comeco ainda estava tenso, mas no final do dia nos acompanhava.   

Terminei o dia da montanha com o Rodrigo, Alex e o Igor. Os demais voltaram antes. Alessandra havia me passado um radio para levar o Igor para casa quando terminassemos. Eles estao num apto no mesmo condominio que nós. Igor tem 18 anos e nos EUA só depois dos 21 que se pode beber. Mesmo assim, passamos no pub da montanha e bebemos tres pinchers. Devolvi o menino bebado. Amanha vou escutar.

Chegando em casa conhecemos as trocentas coisas que o pessoal comprou. Marcinha finalmente conseguiu comprar seu 37 notebook. Acho que ela compra um por viagem e nao leva de volta ao Brasil para nao carregar peso. Alex e Rodrigo sairam para jantar fora e foram fazer supermercado tambem. Coisa que as mulheres deveriam ter feito e por incompetencia do mundo moderno, nao fizeram. 

Duvida: Será que o pessoal vai mesmo querer ir amanha a Breck ou vao postergar de novo?

Dia 21 - O home theater



Mae é mae. Se nao fosse mae, dificilmente gastaria meu tempo dentro de casa esperando o cara da UPS. Pior que a caixa deve ser gigante e nao quero nem pensar como vai caber no carro. "Só casando!"

A galera tomou café da manha e foi para montanha. Ari ficou comigo esperando o fela da UPS. Depois de muito tempo comigo, Ari vai para montanha para nao perder o dia. Assim que ele sai o fela da UPS chega e larga a encomenda na porta. Beleza, agora tenho que ir a pé e assim foi. No caminho fiquei com uma vontade enorme de colocar a prancha no pé e descer pela calcada de snowboard. Mas acho que a prancha poderia arranhar em alguma pedra.

Peguei o passe da Kirsten e apenas consegui descer uma unica vez antes da montanha fechar. Ari subiu e desceu na gondola. Conseguiu conhecer o alto da montanha. Depois no bar, na base da montanha, combinamos um almoco em uma churrascaria com a galera da casa do Johnny. 

Chegando em casa, ainda saindo do carro, Marcinha abre a mala do carro e a prancha do Xandao desliza sob a neve rumo a rua. Inicialmente ela tenta pegar a pranchar de maneira elegante. Nao conseguindo e vendo que na rua vinha um onibus, corre e da um peixinho salvando no limite a prancha de ser esmagada pelo onibus. Cena inesquecivel para minha memoria.

Como combinado as 20h estavamos na Steak House. A galera estava sedenta de carne vermelha. O restaurante se chama 8th Street Steak House. Obviamente localizado na oitava rua transversal a principal. O esquema era diferente de tudo que já vi. Tinha um buffet de saladas a vontade e depois vc escolhia a sua carne como num acougue. O buthcer colocava a carne num pratinho e te dava. Cada carne com seu tamanho, tipo e preco. Tambem tinha frango, camarao e salmao. Pedi um small New York Strip (contra-filé). De posse da carne CRUA, fui a grelha. Todos envolta de uma enorme grelha, onde vc tempera a carne do seu modo e deixa cozinhar pelo ponto da carne que quer. Bacana. Mas claro, as meninas nao gostaram. A maioria das mulheres tem urticaria a cozinhar. Nosso jantar rolou até um vinhozinho californiano. Paguei 28 dolares ao final. Achei que valeu conhecer. 

Depois da comilanca, as meninas ainda estavam atacadas e queriam algum lugar animado para beber. Lembramos de um pub que haviamos passado em frente e dizia que era o pub mais antigo da cidade. Fomos. Lugar nao era pequeno nem enorme, mas tinha um bom espaco, ao qual tinha uma bandinha tocando. Ao fundo tinha uma mesa de sinuca que jogamos um pouco bebendo uma cerveja, eu uma Fat Tire (pale ale feita aqui mesmo no Colorado). 

Voltamos para casa, estava caindo de sono. Já estou acostumado a dormir cedo, que nao consegui nem escrever o blog. Amanha iriamos a Breck, mas pelas condicoes do tempo, deixamos para depois de amanha.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Dia 20 - Dia de compras



Nao para mim. Acho que já comprei tudo que eu queria, mas a galera ainda está faminta de compras. Mesmo que o outlet fique a duas horas de carro daqui e a estrada ainda esteja toda coberta de neve.

Por ter dormido cedo ontem, as 22h, acordei SOZINHO as 7am. Pois é... como esse mundo muda! Acordamos sob forte neve caindo e desde já disse que nao iria a Silverthorne. Até poderia comprar uma calca e um casaco novo de snow. Mas e o resto do tempo? Lembro que tem duas meninas no grupo que estao indo. Isso aumenta o tempo gasto em compras em muito. 

Mas como a neve estava forte, achamos melhor darmos uma volta na cidade. Monica se juntou a nossa grande familia feliz. Nao tao feliz por que a Marcinha brigou comigo (unilateral a briga). Falei umas coisas para seu bem, mas ela fica chateada quando tentam ser muito amigo e soltou os cachorros. Ainda bem que gosto de animais. Entao, na cidade olhamos algumas lojas, muitas ainda estavam fechadas. Depois de umas duas horas o tempo abriu e apareceu o sol. 

A familia feliz decidiu entao ir a Silverthorne. Antes paramos no Taco Bell para comermos algo. Monica e eu ficamos em casa e os demais foram. As encomendas do Ivan chegaram, evitando de serem congeladas na porta. A proposito, mesmo com sol, tem feito um frio do cactus. Ontem na montanha estava com -18c. Hoje na cidade estava -4c. Amanha deve chegar o home theater da minha mae. Já avisei ao cara da UPS que entregou hoje a do Ivan para deixar amanha na porta se nao tiver ninguem em casa.

Fui no fim da tarde ao hot tube do condominio. É bacana que tem uma vista privilegiada da cidade. Voltei, tomei banho e a Monica me chamou para jantar na casa dela. Pois sabia que eu tinha ficado sozinho, sem a minha familia e na casa dela, tinha um belo jantar. Obviamente, com fome, nao hesitei e fui. No caminho, mostrei o hot tub para a galera da casa do Neco que nao sabiam chegar. Mais tarde, depois do jantar, a Luisa passa mal no hot tub, mas nada grave, apenas baixou a pressao e desci com o sal para ajudar. 

Nessa confusao toda de jantar, hot tub, nada da minha familia chegar. Comeco a ficar preocupado, pois Silverthorne fecha as 20h e sao quase 23h. Mas acabam chegando logo em seguida. Vamos pra cama que amanha pretendo andar de snow assim que a muamba da mamae chegar.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Dia 19 - De volta ao trabalho


Dia importante esse. Nao sei se irei ficar manco de vez, ou se irei conseguir descer direito. Fato relevante que não poderei esconder, não que eu esteja com medo, pois sou elemento homem, mas sinto um.... desconforto. Sabe como é, né!? Mas a vontade de descer é maior. 

Mais um dia acordando sob o agito da casa. Ari acorda cheio de dores musculares e acha melhor nao encarar a montanha hoje. Os demais e eu partimos para a empreitada. Dessa vez o grupo aqui em Steamboat ficou maior ainda. Chegaram mais seis pessoas, Alexandre, Neco e a familia do Neco (Alessandra, Luis, Luisa e Igor).

Pegamos a gondola e encontramos com os demais no alto da montanha. Primeira descida a vista. O tal do desconforto aumentou consideravelmente. Minha grande duvida era se iria conseguir fazer a curva usando a ponta dos pés, curva pelo calcanhar, sabia que estava tranquilo. Os primeiros metros desci de folha seca, quando estava com menos inclinacao, arrisquei a curva de ponta de pé. Ufa! Consegui e nao doeu. Agora o desconforto era em cair. Se eu caio, posso machucar serio meu joelho. 

Aos poucos fui ganhando confianca andando e aumentando a velocidade. Andei com a galera o tempo todo, mas o grupo como era grande, foi se dividindo. No final estavam comigo o Alexandre, Rodrigo, Kirsten, Marcinha e Monica. Nao havia caido em nenhum momento e estava com um sorrisao no rosto por ter podido andar numa boa. Nao cheguei a andar no ritmo que estava, mas acho que cheguei perto. 

Terminamos a jornada bebendo uma Bud no Bear River com mais uma galera que encontramos. O jantar de hoje é cachorro quente. Rodrigo assumiu o comando da cozinha provisoriamente.

O planejamento é ir amanha a Silverthorne, para compras e sabado a Breckenridge. Kirsten e Marcinha querem matar saudades e os demais conhecer Breck.  

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Dia 18 - Mais um belo dia, pra quem anda de Snow.

Esse lance do castigo está realmente me tirando do sério. Vou pra montanha em breve e fazer valer a porcaria do seguro, quero ver negarem depois a assistencia. 

A grande familia acordou junta, gracas a quieta e paciente Marcinha, que foi a ultima a dormir e a primeira a levantar. Comeco a achar que ela é de outro mundo. A fera acorda, acende todas as luzes da casa e ainda acende a lareira no maximo. Rodrigo e Alexandre que está dormindo em cima, no loft, estavam sentindo calor e ligaram até o ventilador de teto, até descobrirem que a Marcinha ligou a lareira no ultra-mega-max-power. A casa tava tao quente, tao quente, que tem uma foto no porta retrato dos donos da casa, aqui na base da montanha com esqui na mao, a neve da foto tinha derretido e as pessoas da fotos já estavam até suando. Louca a Marcinha! Deve ter comido banana ontem.

Ainda no foco da Marcinha, ela com a Kirsten foram até o escritorio do nosso condominio. A prancha dela havia chegado lá e foram buscar. Retornando, me pediu para montar os bindings e afixa-los a prancha. Pensei em "cada um com seu problema" depois do que aprontou pela manha, mas lembrei que minha mae me cobra de ser mais bom menino, solidario. Nesse momento apenas ficaram comigo o Ari e a propria Marcinha, claro. Os demais pegaram carona com a Monica e foram para montanha.

Na montanha, subi a pé o lado esquerdo um pouco e tentei dar umas dicas ao Ari, enquando ali mesmo a Marcinha ia se familiarizando com a nova prancha. Achei melhor o Ari fazer mais uma aula hoje. Matriculamos ele e o dexei que já estava na hora da aula. Peguei o carro e voltei para casa. Mandei 3 fatias que sobraram da pizza de ontem para dentro e mais um pouco de sorvete, só para manter a forma. 

Perto da hora da montanha fechar, voltei para encontrar com os demais. Bebemos uma cerva no Bear River e parte da galera foi ao supermercado, sobrando a Marcinha e eu. Disse a Marcinha que voltaria a pé para casa, ela veio me acompanhando. No meio do caminho, Marcinha parou umas tres vezes para reclamar da distancia. Ganhou inteiramente gratis um esporro e um adjetivo de sedentaria, voltando a andar.

Chegando em casa, a Kirsten já se encontrava e logo depois chegaram os demais. Fiz uma massa ao molho de tomate e quando terminamos, acho que eles estavam esperando isso, a galera da casa do johnny chegou (Johnny, Rossana, Luis, Leo, Pipou e Andre). 

Ficaram até umas 23h. Monica nao deu o ar da graca. Liguei mas estava dormindo e disse que nao viria. Agora resta dormir e se preparar para o dia que segue.  

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Dia 17 - Castigo pra corno é pouco


As vezes me deparo com situacoes que fico um pouco sem paciencia para tolerar determinadas coisas. A convivencia com outras pessoas sempre é um grande desafio. Estou aprendendo cada dia mais a ligar o "foda-se" e nao ter meu bom humor e paciencia alterada. 

Era 8:30am e a casa já estava em completa agitacao. Tudo muito animado como sempre. Hoje Xandao iria estrear a prancha nova, ao qual tomamos uma surra de mais de meia hora no dia anterior só para fixar os bindings nela. Ari terá seu primeiro contato com o mundo do snowboard, sob aula coletiva. Kirsten e Rodrigo descerao a montanha de ski e Marcinha de snow. 

Tomamos café da manha e sai na frente com a Kirsten, Marcinha e Ari. Ari tem aula marca e nao pode se atrasar. Entao a Kirsten nos deixou, estava acompanhando o Ari, na base da montanha. Esse lance de mulher dirigindo é uma coisa que ainda nao fico muito relaxado. Principalmente quando ela nao olham a placa de "STOP". Acho que deveria ter mais placas, deviam piscar e ainda estar escrito "STOP POOOOOORRRAAAA!!!". Assim acho que elas parariam e os onibus nao precisariam quase passar por cima como foi hoje. 

Pegamos a prancha do Ari, o acompanhei até o grupo dele e depois fui deixar a minha prancha para afiar os edges e encerarem. Voltei a montanha para ver como estava indo o Ari e aproveitei para tirar umas fotos. Depois de varias, resolvi rever uma que fiquei na duvida quanto ao tempo de abertura do diafragma (to fera em fotografia, me acompanha!). Nesse momento um longo sorriso me veio aos cornios. Esqueci de tirar o cartao de memoria do notebook na noite anterior e colocar na camera. Esquece fotografia nesse momento. Voltemos para pegar a prancha e vamos deixa-la no apartamento. 

Como se nao fosse pouco, assim que cheguei no ponto de onibus, o danado havia acabado de sair. O manco aqui ainda esbocou uma corrida gesticulando os bracos, mas nada. Mas nada no mundo vai tirar esse sorriso do rosto e quando estamos na lama, devemos aprender a gostar dos porcos. Fui a pé para o apartamento. iPod no ouvido e prancha atravessada na mochila, impedindo qualquer santo de usar a mesma calca que eu no sentido contrario ao que ia, fui. 

Felizmente, vi o ponto de onibus que ficaria e apertei o passo para passar antes do onibus que havia perdido (ele da uma volta enorme na cidade antes de chegar no meu ponto). Passei! Ufa! Consegui me mostrar que eu andando chegaria mais rapido que de onibus. Logo em seguida passa o danado. Com aquele mesmo belo sorriso no rosto, aceno para o motorista que prontamente retribui. Era o Ben, havia pego esse onibus no dia anterior com o Ari e com ele mesmo dirigindo. Comecando a ficar intimo da cidade. 

Pausa em casa. Hora de comprar a muamba da minha mae. Nada menos que um Home Theater com blu-ray que ao todo na caixa pesa 24kg. Quero ver o danado da UPS subir os tres lances de escada para entregar na nossa porta. Tambem aproveito para dar uma forca na cozinha. Removo os 347 copos e 278 pratos de um dia de café da manha da maquina de lavar louca. Se olhasse a louca de um dia de café da manha dessa casa, achariam que moram umas 79 pessoas. 

A faxineira bateu na porta com o faxineiro, mas nossa casa tá arrumadinha. Apenas pedi que levassem o lixo. Nesse tempo a maquina de lavar acabou e movi a roupa para a secadora com medo da minha unica calca jeans voltar no tamanho P. 

Corri para pegar o onibus verde que leva de volta a gondola e lá encontrei com os demais membros da casa. Tomei uma cerveja e partimos para o supermercado. Kirsten dirigindo, muita emocao. Nao sei o que o Alexandre tinha na cabeca quando deixou uma esquiadora dirigir nosso carro. 

Dessa vez compramos bem, inclusive vinho. Chegando em casa comemos pizza, pao que fiz da latinha e um wrap de queijo com salada, fora duas garrafas de vinho (uma era magnun, de 1,5l). Monica chegou mais tarde e pegou a galera caindo pelas berradas.Trouxe um vinho mas nem bebemos. Amanha todo mundo de cabecao...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Dia 16 - Nosso barraco na favela


Se estivesse no Rio diria que estaria no Vidigal ou no Chapeu Mangueira, mas estando em Steamboat estamos bem paradissimo no alto da montanha ao lado das pistas. Vou falar que a vista é realmente incrivel. Super bem localizado. 

Acorda um, acorda todos e eu sempre sou o ultimo a levantar. Como adoro uma cama. A familia irá se dividir em breve, mas antes, famintos, fomos ao Village Inn comer um café da manha por que ainda nao existe nada comestivel nessa casa. Bizarro a quantidade de comida que chegou a nossa mesa. Tirando a Marcinha que está sob forte controle alimenticio meu, todos comemos muito bem. Nao estavamos satisfeitos, estavam de barriga entupida mesmo. Assim é bom que iriamos no supermercado e comprariamos apenas o necessario. 

Assim foi, chegamos no Wall-Mart e compramos apenas o essencial. Esse Wall-Mart é pequeno e não tinha um bando de coisas que queriamos. Ficamos de ir em outro, mas acabamos deixando para o dia seguinte. Saindo do supermercado, fomos a loja da Christy que aluga e vende equipamento. Marcinha e Rodrigo alugaram o equipamento. O plano era que a Marcinha e o Rodrigo iriam esquiar hoje, Kirsten e Alex voltariam a Silverthorne para mais compras e Ari e eu iriamos andar pela cidade e fazer a inscrição dele na aula de snowboard para o dia seguinte. 

Marcinha e Rodrigo comparam os passes e subiram a montanha. Alex e Kirsten deixaram todos na montanha e foram rumo a Silverthorne. Ari e eu reservamos a aula para ele no dia seguinte e fomos fazer a reserva do aluguel do equipamento. Na loja do aluguel do equipamento quem nos atendeu foi a Jenny. Uma loira com um par de bolas azuis nos olhos que nem no filme de Duna tinham iguais. Gente bonissima ela, pediu um "give me five" ao Ari quando soube que ele tem 62 anos e seria a primeira vez que iria andar de snowboard. Falando nesse fato, ficam minhas palmas de pura boa impressao a essa façanha dele. O cara é fera. 

Pegamos um onibus e voltamos ao Wall-Mart. Ari ainda queria comprar algumas coisas e acabei comprando umas tambem. Ele conseguiu me convencer a comprar uma escova de dentes eletrica. Agora vou ficar com maior cagasso de tomar um choque ao escovar os dentes. Se meus dentes ficarem mais amarelinhos, foi o cagasso da escova. Voltamos de onibus para casa, mas ele nao deixou na porta, tivemos que fazer uma caminhada nessa ladeira do morro. Otimo para meu joelho, que está cada dia melhor. Cegueira, meu amigo ortopedista, que nao leia esse blog, mas a ideia é daqui a 4 dias faze uma descida de snow. 

Chegando em casa, aos poucos os demais comecam a chegar. Alex e Kirsten foram os ultimos. Compraram quase tudo da Columbia. De repente batem na porta, era a Monica que havia chegado. Ainda nao tinha pego a chave do apartamento dela, mas com nosso auxilio conseguiu logo. Acabei descobrindo que o filho mais velho do Ari é amigo meu de infancia. Como esse mundo é pequeno.

Amanha todos vao andar pela montanha e eu... bem... vou levar minha prancha a base da montanha para que na loja da Jenny afiem o edge dela, esperar o Ari comecar com a aula e voltar para casa. Nao vejo a hora de descer a montanha voado, sem curvas e sem arvores!

Dia 15 - Só casando


Hoje é o dia que a galera chega, Rossana e Leo para a casa do Johnny e Alexandre, Rodrigo, Ari,  Kirsten e Marcinha na minha casa. Acordamos no Hyatt, comemos um café da manha bem bacana e partimos para o aeroporto. Antes de passarmos para pegar a galera, Johnny quis trocar de carro. Achava que o Jeep que estavamos era pequeno demais. Deu sorte, tinha um outro carro da Ford, que nao me lembro o nome, que era maior. Devolvemos o Jeep na cor bege, que pegamos branco.

Esperei no carro uns 15 minutos, vem um policial pois nao podia ficar estacionado ali, antes dele falar qualquer coisa, disse que meu amigo estava no banheiro, mas ele perguntou apenas se a chave do carro estava lá, pois se precisasse tirar o carro, eu poderia tirar. Menos mal. Pouco tempo depois volta o Johnny com o Leo. Colocamos a mala dele no carro, tiramos a minha e fui para Baggage Claim. O pessoal já estava lá. Dividimos o grupo pela casa, Johnny (Rossana e Leo) e a minha (Ari, Alex, Marcinha, Kirsten, Rodrigo). Pegamos um onibus e fomos buscar a nossa minivan. 

Galera se delirou na pipoca. Brasileiro é assim, quando vê gratuidade cai em cima. Nesse momento o Alexandre estava acertando detalhes do aluguel do carro. Quando cheguei perto dele, a mulher que o atendia estava na pergunta: "Quer fazer um upgrade para um carro maior? Sao 6 pessoas com mala.". Nesse exato momento o tempo parou, estava de observador e olhei para o Alex. Movimentando a cabeca horizontalmente, Alex nega o upgrade. Internamente pensei na piada do "Só casando...". 

Papelada em maos, rumamos ao estacionamento para escolher o carro. Uma atendente no estacionamento nos orientou em qual fileira de carros poderiamos escolher o carro. Mancando e carregando a snowbag e a mala, abri a primeira minivan. Depois de olharmos uns 3 carros, Marcinha querer o carro vermelho e ser rapidamente ignorada por que cor nao estar dentro dos atributos relevantes, pegamos um que achamos ser o maiorzinho.

Agora que são elas, as malas têm que entrar. Levamos uns 20 minutos para que todas as malas. Voltei a lembrar da piadinha do "só casando". Sob risos ineterruptos, entramos no carro e fomos para nossa primeira parada, Colorado Mills. Almocamos por lá e depois o Alex, rapidamento, gastando apenas 3 horas em uma loja, comprou seu equipamento. Passamos, tambem rapidamente, umas 2 horas, dessa vez nao aguentei, fui pro sofa descansar os pés. Vou confessar que ficar no sofá foi muito bom, pois quando fico cansado fico bem sem paciencia.

Já deviam ser umas 19h quando saimos rumo a Silverthorne. Tinhamos ainda que trocar o binding do Alex, pois nao tinha o tamanho correto na loja que ele comprou e tinha na loja de Silverthorne. O outlet fechava as 20h e tinhamos chegado um pouco depois e nada de achar a loja. Foi um tal de manco correndo para lá, para cá, mas achamos. Pessoal da loja é super bacana e deixou entrarmos na loja mesmo já fechada. A consumista impulsiva da Marcinha ainda encheu o saco dos vendedores para compra uma luva, que mais tarde dentro do carro disse que ia trocar a luva.

Deixamos Silverthorne sob forte neve. Noite belissima. Agora só são 96 milhas (154 km aproximadamente) até Steamboat Spring. Estrada nao era duplicada, era como a estradinha que liga Sao Pedro D'Aldeia a Buzios. Safadinha mas nao tinha movimento algum. Quando já tinhamos percorrido umas 60 milhas, começa a nevar forte e a pista cheia de neve. Alex, que dirijia, reduziu a velocidade chegando a 20mph (32 kmh). Apertado com malas que nao conseguia enxergar a janela direita, estava no fundo do carro com a Kirsten que roncava muito e babava no meu casaco que havia emprestado como travesseiro e nao babador. Ari e Marcinha vinham no meio do carro. Ari cochilava as vezes, Marcinha com sua pilha duracel tentava manter todos acordados. Rodrigo no carona ignorava-a dormindo. Restaram Alex e eu para escuta-la. 

Depois de duas horas de estrada de Silverthorne a Steamboat, chegamos. Eram quase 23h e agora tinhamos que descobrir aonde ficava nosso apto alugado e como pegar a chave. Estavamos muito exausto. Lembrando que os outros mais do que eu, pois haviam chegado de viagem naquele dia. Em resumo, desodorante vencido para eles e eu, ainda cheiroso e elegante tive que aturar o cece por horas no carro. Foi um rolo enorme até o fela que estava com a nossa chave nos entrega-las.

Apartamento duca! Nao vou entrar no merito da decoracao que é horrorosa e nada combina com PN. Mas o apartamento é duca. Sao dois quartos no primeiro andar e um no segundo. Temos varanda, lareira, cozinha americana, som, TV flat, uma beleza. Fiquei no quarto com o Ari, a Marcia ficou em outro com a Kirsten e o Rodrigo ficou com o Alex no quarto de cima. Banho e cama!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Dia 14 - De volta a Denver?


Hoje é o dia que o grupo volta a crescer, apesar de apenas chegarem mais dois (Pipou e Luis). Pessoalmente só conheco o Pipou. Luis é um cara do forum que nem o Johnny conhece pessoalmente. Amanha que vai chegar uma galera forte. 

Antes que esqueca mais uma vez, ontem a minha seguradora me ligou dizendo que nao podia fazer o scan (ressonancia) por que a minha operacao nao era emergencial e poderia ser feita no Brasil. Em outras palavras, me senti emprestando um carro novo e quando devolvem me dao amassado mas ele ainda anda e pode fazer a lanternagem depois. 

Johnny chegou da montanha perto de 11:30am. Muito sabiamente já estava todo pronto. Minha mãe sentiria orgulho de mim nessas horas. Banho tomado, malas feitas e cabelo penteado. Prontinho.

Fizemos check-out com a paraguaia da Pamela e rumo a Denver. No caminho paramos para tirar umas fotos num ponto muito legal. A galera parava o carro e subia a pé a montaha para pegar um powderzao maravilhoso. Johnny se arrependeu de nao estar com a roupa de snow e eu de nao ter feito a curva das arvores. 

Antes de chegar no nosso hotel em Denver, que na verdade descobri mais tarde que é em Aurora, uma cidade vizinha ao aeroporto, paramos no Colorado Mill. Um shopping grandinho com lojas de marcas em promocao constante, um outlet. Assim que paramos o carro, passei um radio e o Pipou respondeu prontamente. Logo em seguida encontramos com ele e o Luis na porta do Target, dentro do shopping. Comemos algo e fomos as compras. Queria me livrar logo das encomendas da Vitoria Secrets, pois se depender de mim, não passava nem perto. Acho que essa loja é um sonho no consumo da maioria das mulheres brasileiras e um tormento para os homens que viajam. Sempre tem encomendas. Alem dessa loja, entramos em algumas outras, mas apenas obersvando, pois sei que amanha voltarei com a galera que está chegando e vao querer gastar pelo menos umas quatro horas nesse shopping. 

Despedimos do Luis e do Pipou que rumaram para Winter Park e fomos ao nosso hotel. Dessa vez ficamos no luxo pagando pouco, na rede Hyatt. Isso por que estamos do lado do aeroporto. Opa, tremeu tudo agora, acho que foi um boeing 777. Brincadeira, nao tem barulho nenhum. Estamos bem e para melhorar fomos no Outback a pé! Ele fica do outro lado da rua e é muito barato o Outback aqui. Gastamos 21 dolares cada um e comemos camarao de entrada, salada antes do prato principal e um Sirloin com camarado e pure de batatas como principal. A sobremesa ficou para outro dia por que nao dava mais nada. O pure tava quase saindo pelo ouvido. 

Depois dessa comilança toda, vamos hibernar. 

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Dia 13 - Let's snow


Dia de muita neve caindo. O tarado da montanha, Johnny, ficou louco ao ver tanta neve caindo e partiu rapido. voltei a minha vidinha muquirana de internet, gelo no joelho e pertubar quem está trabalhando pelo MSN. 

Pertubando um camaradasso meu, Caetano, me contou que já rompeu todos os ligamentos de uma perna. Depois ele contou mais uns acidentes que teve e nesse exato momento fiquei com um pouco de inveja de não estar aproveitando tao bem a vida quanto ele aproveitou para se arrebentar daquele jeito. Tudo bem que uma de suas quedas, machucou a bacia e chegou a vomitar de dor. Essa parte eu pulo, quero nao. Mas ele achou melhor eu fazer logo a ressonancia magnetica por aqui mesmo. 

Antes de eu entrar em contato com a minha seguradora, entra a camareira. Gritei: "Come in Monika!". Não era ela... Tudo bem, mais uma camareira para conhecer. Essa era a Authrey da Lituania. Acho que esse leste europeu está exportando camareiras. Ah! Esqueci de falar que ontem no Mc Donald's conhecemos duas brasileiras que trabalhavam lá e a gerente, uma velhinha com um sotaque carregado. Essa velhinha é da Polonia e conhecia a Monika! A Authey nao deu muito papo e me deixou com minha vontade de falar com alguem.

Agora sim, entrei em contato com minha seguradora de saude, que fica na Dinamarca. A mulher pediu os exames que eu havia feito e disse que iam passar esse exame para um medico deles lá. O medico iria da um parecer e agendariam minha ressonancia. Olha que beleza. Disseram que aqui nos EUA eles nao autorizam a cirurgia, mas no Brasil sim. Beleza, minha progenitora havia vetado minha cirurgia aqui mesmo. Agora vamos ver. 

Johnny voltou da montanha disse que a neve hoje estava muito melhor que ontem e amanha espera fazer o firts track para pegar essa neve que tem caido durante o dia. Para isso, fomos ao centro da cidade colocar sua prancha para encerar e acertar o fundo que tá todo detonado (fundo da dele, a minha vai bem obrigado). Entramos em algumas lojas para ver se tinha algo em promoção mas ainda não está em tempo de promoção. Comemos algo no Taco Bell e fomos no supermercado para comprar o Ben & Jerry's por 1 dollar. 

Nesse fim do dia, termino vendo a serie Heroes pelo proprio site da NBC, que não deixa ver quem está no Brasil. Esse negocio de ver no site é bom que não perco tempo baixando todo filme. Amanhã é mais um dia de mudança para Nomade Manco. 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Dia 12 - Conhecendo Camareiras


Calma pessoal, ainda não está boa a perna e acredito que esteja longe de ficar 100%. Johnny foi cedo a montanha e fiquei, de novo, no hotel. Como é a primeira vez que acordo nesse hotel, então tenho uma camareira nova a conhecer. Dessa vez foi a Monika da Polonia. Super simpatica e atenciosa, sem trocadilhos. Bem melhor que a morena de aparelho que entrou no quarto depois da Betsy em Breck. Aproveitando que ela estava arrumando o quarto, perguntei sobre lugares legais para sair a noite. Ela me deu o nome de dois lugares, um em especial apenas para hoje a noite, que é o Ullrs. Ruinzinho de se pronunciar isso. 


Estava esquecendo antes da Monika entrar, bateram na porta, gritei para entrar, mas nao entraram. Levantei e fui a porta. Era a Pamela, recepcionista paraguaia, com uma caixa na mao para me entregar. Era um tipo de transformador que o Johnny havia pedido a ela para que possamos ligar o PS3. Detalhe que eu atendi a portal com de cirola e sem camisa. Pamela voltou a recepcao, obviamente, apaixonada pelo que viu.

A caixa que ela trouxe nao serviu para nada. Nao funcionou. Na verdade acho que estava quebrada pois nao acendia a luz do power. Johnny quando voltou tentou e nada. Falou de novo com a Pamela mas o cara da manutenção que tem essas caixinhas, já tinha ido embora. Agora só amanha.

Nessa vida de gelo no joelho e coça-saco, aproveitei e vi o primeiro episodio de Lost. Cada vez que vejo Lost fico mais Lost ainda (piadinha em memoria do meu avô). Mas fico pensando o que deve passar na cabeça das loiras quando vêem esse seriado. Deve ser uma crueldade sem fim. Além das coisas que não entendemos como a fumaça preta danada, do onipresente Lock, das indas e vindas no tempo, ainda ficam perdidas com o Sawyer que é um pegador que se apaixona por todas. Parece até alguém que conheço muito bem.

Falando um pouco sobre a montanha. Johnny gostou mais da parte que conheceu hoje, que é a parte de tras, da montanha é claro. Tem um bow chamado Parsenn, igual o nome de uma montanha em Davos, que é sensacional. O problema das pistas pretas sao os bumps (morrinhos) que a boiolagem que anda de ski se amarra. Hoje tambem nao teve mais aquela feira de snowboard e ski. Foi até ontem mesmo. 

Saímos para jantar cedo, em torno de 7pm e pedi ao Johnny para irmos a algum lugar baratinho. Logo, Mc Donald's! Comemos o Dollar Value! São alguns produtos vendidos a um dollar. Pedi um double cheeseburguer, um hot spicy chicken (apimentado pra cajaro), suco de morango e um sundae de chocolate. Uma beleza o que se pode fazer com apenas alguns dolares. 

Ainda tava cedo, quando saimos do Mc Donald's. Ainda não tinha aberto o Ullrs e hoje era Ladies Night. Voltamos ao hotel e conversei serio com o Johnny. Já estou aqui ha mais de 10 dias, sou cardíaco e se fosse nessa Ladies Night, eu podia ter problemas serios. Fui pra cama...